13/12/2009

EDUCAÇÃO E LIBERDADE

Entre os seres que vivem neste planeta, os humanos nascem sem identidade própria, sua identidade é construída a partir do modelo social vigente. O instinto de preservação e de identidade nos animais está interiorizado, e de si eles retiram seu próprio agir e modo de ser. Mas com a espécie humana não acontece o mesmo. Um exemplo disso são as meninas lobas encontradas em 1920 na Índia. Elas foram criadas pelos lobos e desenvolveram características de lobos e não de humanos. Isso justifica a importância da educação, e dos bons exemplos, porque os humanos não sabem tirar de si sua própria identidade, e por isso necessitam de um modelo para se desenvolver. O que os jovens veem é corrupção, violência social, injustiça, impunidade, desrespeito as leis, e na televisão assistem a programas que não contribuem em nada com sua formação. Fácil está de perceber a inexistência de um modelo de Ser Humano para jovens e crianças se identificarem. O líder do rebanho não é mais um homem ou uma mulher, mas sim o computador. Em uma época onde a moral e os valores são duvidosos, e o honesto é chamado de “boboca”, o indivíduo perde seu referencial, causando desestrutura pessoal. Ao culpar a família pela desestrutura da educação, é preciso lembrar que este modelo foi, desde longa data, opressor, e, muitas vezes, violento. Homens construíram uma estrutura machista em cima de uma base não sólida, por isso, mais cedo ou mais tarde, a casa teria que desabar. O moralismo do passado já não serve mais. E agora não sabemos o que fazer para estabelecer uma nova ordem. Em meio a desordem, as drogas estão se tornando uma epidemia. Mas o que leva uma pessoa a se tornar um consumidor de drogas? Talvez seja insegurança, imaturidade, irresponsabilidade, ausência de valores, falta de um ideal, desestrutura pessoal e familiar, curiosidade, fuga, modismo, e, sobretudo, problemas na educação. Um jovem bem educado sabe que a escolha certa é dizer não as drogas. E agora, como restabelecer a ordem em meio ao caos? O fato é que este mundo já não é mais o mesmo, esse velho planeta mudou. A mulher mudou, a criança mudou, o homem também mudou. E onde estão nossos idosos? Estão em um processo contrário, estão rejuvenescendo. A tecnologia tomou conta da vida. Computadores, máquinas informatizadas, inúmeros satélites rodeando o planeta. Tornamos-nos Ciborgues e nos movemos simultaneamente no real e no virtual. Com toda essa mudança que perpassa o planeta, nos esquecemos de nossas crianças, nos esquecemos que elas também mudaram e não querem mais ser tratadas como no passado. A vida cheira a liberdade. Liberdade de ação, de expressão, de credo etc. Somos livres sim. E com isso, nos deparamos com um grande desafio. O desafio de fazer uso da liberdade para o desenvolvimento, e não para a destruição. O problema tornou-se claro quando vemos jovens que não sabem administrar sua liberdade, usando drogas. O problema reside no conceito de liberdade, pois tem quem pense que liberdade é fazer o que bem entende da vida. Um prisioneiro só é prisioneiro porque não tem liberdade de escolha. Se tivesse não seria prisioneiro, escolheria ser livre. Isso nos faz pensar que o lugar da liberdade reside no ato de fazer escolhas. Mas poucas são as pessoas educadas para compreender que cada escolha tem uma consequência. Para cada ação existe uma consequente reação. Quem não pensa nas consequências, não é livre, é prisioneira de suas escolhas. Você já se perguntou o que seu filho fará com a liberdade dele? Sim, seu filho tem liberdade. Como podemos pensar que jovens educados a partir de um conceito de liberdade equivocado, e com um modelo social corrupto, possam ter educação.



27/05/2009

A EPIDEMIA DO CRACK

Drogas são substâncias químicas responsáveis por financiar o crime organizado e a violência que assola o Brasil. Entre elas, o Crack tem se demonstrado a mais devastadora de todas, devido a rapidez com que causa dependência e degeneração físico e mental, levando rapidamente seu usuário a morte. Em torno de seis usuários de Crack morrem por dia somente no Rio grande do Sul. Mas o que leva uma pessoa a se tornar um consumidor de drogas? Talvez seja insegurança, imaturidade, irresponsabilidade, falha na educação, ausência de valores, falta de um ideal ou metas, desestrutura pessoal e familiar, curiosidade, fuga, modismo...
A péssima qualidade da educação e a desestrutura familiar, são apontadas como as grandes vilãs desta história toda. A base da educação tem sido colocada fora do próprio indivíduo. São regras sociais construídas ao longo da história, que determinam o tipo de educação que uma pessoa deve receber. No entanto, em uma época “maquiavélica”, onde a moral e os valores são duvidosos, e o honesto é chamado de “boboca”, o indivíduo perde seu referencial, demonstrando uma total desestrutura pessoal. Ao culpar a família pela desestrutura que conduz as drogas, é preciso lembrar que este modelo tem sido, desde longa data, opressor e violento. Quantas mulheres foram humilhadas, violentadas, agredidas. Mulheres sem liberdade, acorrentadas a um homem por toda sua vida. A desestrutura, talvez, tenha sempre existido, apenas não fora percebida, porque as mulheres resistiram bravamente ao sofrimento. Homens construíram uma estrutura machista em cima de uma base não sólida, por isso, mais cedo ou mais tarde, a casa teria que cair. É preciso lembrar, que somos herdeiros de uma moral católica que, por muito tempo, queimou seres humanos vivos, e que até hoje impede seus religiosos de amar plenamente. Como a educação não esteve calcada nas necessidades do indivíduo e sim no egoísmo de alguns moralistas, a desestrutura tomou conta. O moralismo do passado, já não serve mais. Viver é um ato de responsabilidade, e não somos, ainda, educados para sermos responsáveis pela própria existência. Nossos jovens têm como exemplo, pessoas que destroem o planeta, que mantiveram uma estrutura familiar a base de opressão e excessivo moralismo. Em meio a desordem, o Crack está se tornando a maior de todas as epidemias que já assolaram este planeta.


27/04/2009

O SENHOR DAS ARMAS

Quem ainda não assistiu, assista ao filme “O senhor das armas”, para ver a realidade do descaso com a vida humana. O filme mostra um traficante de armas que compra armas ilegalmente de militares e as vende em zonas de conflito e de guerrilha, mesmo sabendo que estas armar irão matar toda uma população de inocentes. Mas “o senhor das armas”, personagem vivido por Nicolas Cage, tem uma família que vive confortavelmente. Assim é o político corrupto. Rouba dos necessitados, rouba dinheiro da merenda escolar, rouba superfaturando notas fiscais. Desviando dinheiro daqui e dali. Levando namoradas famosas, e que poderiam pagar passagens aéreas, para viajar de avião com dinheiro público. Enquanto isso, o povo anda em ônibus e metrôs abarrotados de tanta gente. O descaso é comigo, é com vocês, é com todas as pessoas que aos olhos de alguns não valem nada. Que moral é essa que tomou conta do Brasil? Esta moral seja ela qual for, infestou a política. Tudo isso só está acontecendo devido a uma ausência de parâmetros claros e definidos para os limites do poder. O poder corrompe a mente de seres que estão autocentrados em suas próprias necessidades. Seres que esqueceram de que o outro também tem necessidades para sobreviver. O brasileiro já se acostumou a corrupção, parece tudo tão corriqueiro, como se isso não tivesse solução. A corrupção, no Brasil, tem sua origem no “jeitinho brasileiro”, que todo brasileiro tem. Por isso, a crise da ética é uma crise moral. A final, questionar a moral dos políticos, é questionar esse tal “jeitinho brasileiro” de ser. Ética não é um conjunto de normas morais, como dizem por aí, ética é uma reflexão acerca da moral, e não a moral em si. Viver é conviver. E é neste convívio que o ser humano se descobre como um ser de moral. Um ser dotado de uma razão ética que questiona a moral vigente em sua comunidade. Mais do que isso, um ser que se pergunta sobre o que deve fazer? Como agir em determinada situação? Como se comportar perante o outro? Que se pergunta sobre a injustiça, sobre a corrupção e o que fazer com tudo isso? Mas a verdade, é que nem todos se questionam. Nem todos se preocupam com moral ou com ética. Tem gente que não quer saber de nada disso, não estão preocupados com quantos vão lesar ou ferir. Não se preocupam com quantos poderão sofrer ou morrer em decorrência do seu egoísmo, e ainda se julgam espertos.

13/04/2009

O HOMEM DO TEMPO

Eliani Gracez

O
 tempo é um eterno agora. O passado já acabou e o futuro ainda não começou. Isso me diz que a vida acontece no presente. Um dia desses, parei no terraço no meu local de trabalho, olhei às pessoas andando tão apressadas, como se não houvesse tempo. Apressadas por quê? A pressa seria para trabalhar mais, me perguntei. Quem sabe tanta pressa seria para ir para casa e finalmente descansar? Mas às três horas da tarde, quem é que pensa em descanso a essa hora?! Quase não acreditei no que estava vendo, pressa, pressa, pressa para todos os lados. Por que tanta pressa?, quando tempo é tudo o que se tem! Tempo para nascer, tempo para crescer, tempo para morrer. Há tempo para tudo nessa vida. Porque então tanta pressa, me perguntei ali parada olhando para aquelas pessoas que se encaminhavam cada uma ao seu destino. Talvez fosse melhor dizer, quase correndo para o seu destino, como se ele, o destino, fosse de vital importância e não existisse nada a mais no tempo, somente ele, o destino. Porque não param, porque não se questionam sobre seu destino. Porque permitem que o tempo os arraste com sua avalanche de coisas à realizar. Meu pensamento não parava, não entendia o porquê de tanta pressa, embora me fosse possível compreender o grande mal que existe em estar a mercê do tempo. A natureza do tempo é igual a qualquer outra natureza, rebelde e devastadora, caso não seja controlada. Pensando bem, talvez na natureza do tempo estejam contidas todas as demais naturezas, inclusive a natureza da brevidade da vida. Os anos transcorrem rápidos e velozmente, e por vezes, em pleno esplendor da vida, ela nos abandona. Não seria melhor cuidar do tempo como quem cuida de um patrimônio, sem desperdiçar nada. Se aquelas pessoas fizessem a conta de sua existência e vissem quanto tempo gastam em disputas pelo poder, quanto tempo foi perdido com brigas conjugais, quanto tempo perderam falando mal de alguém, quanto tempo gastaram com ódios e ira ou desesperados por um amor não correspondido. ― Quanto tempo perdido! Veriam então que pouco tempo sobrou para a felicidade. O lamentável de tudo isso é que muitas pessoas somente se darão de conta disso, quando já não houver mais verdadeiramente tempo, quando o tempo de vida tiver encontrado seu fim. Percebi então, a natureza dos sábios, aqueles que eu havia tanto estudado, eles se colocavam acima do destino, não permitindo que nada perturbasse seu tempo de vida. Uma imperturbabilidade da alma, que só possui quem valoriza a vida que se passa no tempo.

O HOMEM DE SEIS MILHÕES DE DÓLARES

A filosofia da mente faz uma reflexão entre o homem e a tecnologia, onde o humano convive com a máquina, e a mente de um usuário da Internet convive com o ciberespaço. No processo de civilização humano sempre esteve presente a técnica, um processo circular em que o homem cria a tecnologia e dela sofre influência. Os artefatos criados pelo homem são incorporados a seu ser que, daí em diante, considera o objeto como parte integrante de seu organismo. A evolução humana sempre esteve marcada pela técnica, pois o homem, desde o início dos tempos, cria instrumentos com objetivo de facilitar seu trabalho.
Computadores, máquinas informatizadas, configurações unindo hardware e software, são utensílios que fazem do homem um ser ciborgue que se move simultaneamente no real e no virtual. Essa união entre o humano e o virtual chama-se parabiose. Uma união com influência nos processos psicológicos humanos. Alguns pesquisadores afirmam que a informática e artefatos criados ao longo da evolução humana, não nos deixaram mais inteligentes, visto que apenas alteram as tarefas diárias. Do ponto de vista dos sistêmicos, existe uma soma entre a pessoa e o artefato criado por ela. Dessa união surge o novo ciborgue. Da ficção do passado de um homem de “seis milhões de dólares”, até o ciborgue atual, a diferença crucial é que o ciborgue atual custa bem menos. O novo ciborgue se move ao mesmo tempo no virtual e no real, ao incorporar componentes que multiplicam e agilizam sua capacidade de pensar e de se mover no tempo e no espaço. Nesse caso, um outro problema se apresenta: estamos nos encaminhando para o pós-humano ou tão somente potencializando o hiper-humano. O filósofo da mente quer desvendar mais um mistério, mais uma peça do enigmático quebra-cabeça humano: nossa mente. E com isso, a tecnologia em um processo mimético (imitação), recria o homem a imagem e semelhança do próprio homem, que por sua vez vê sua imagem refletida em uma máquina pensante. O homem realmente parece ser a medida para todas as coisas. De tudo isso, o fato é que temos seres transplantados, com próteses, marca-passo, seres geneticamente modificados e com a libido potencializada, seres que vão se modificando na medida da necessidade. Mulheres, homens e crianças conectados a uma inteligência artificial produzindo, a partir desta integração, um ser parabiótico essencialmente diferente do Homo sapiens. Formando assim uma inteligência sem limite para o desenvolvimento humano. Isso só é possível porque seres humanos possuem a capacidade de incorporar instrumentos criados por eles.



A MENTE POR TRÁS DA MÁQUINA

Somos seres pensantes e por isso diferentes dos animais. Mas o que se passa em nosso cérebro? De que forma mente e pensamentos interferem em nosso cotidiano? A filosofia da mente é um campo do saber que desperta muitas inquietações, um campo arrojado que pretende trazer uma luz para questões humanas ao pesquisar sobre o conteúdo mental, inteligência artificial e qualia. Perguntas do tipo: seriam estados mentais estados cerebrais? O pensamento está diretamente atrelado ao cérebro ou seria ele uma outra dimensão do humano? O que é um pensamento? Onde estão nossos pensamentos? Porque pensamos? Como pensamos? O certo é que se um neurocirurgião abrir nosso cérebro não encontrará pensamentos, porque a natureza dos fenômenos mentais é invisível. Isso nos faz pensar que embora invisível o pensamento existe. Questões desse tipo e que ainda estão para serem resolvidas, instigam pesquisadores da mente. A filosofia da mente usa também resultados de pesquisa empírica sobre o funcionamento do cérebro. Pesquisas sobre inteligência artificial, que pretendem produzir robôs pensantes, e a neurociência, que pretende fotografar a consciência fazendo uso da neuroimagem, são aliados dos filósofos da mente. O cérebro começa a ser desvendado a partir de 1950 com a neurociência, embora no Egito antigo já se realizassem cirurgias no cérebro chamadas de Trepanação. Esse tipo de procedimento cirúrgico visava estudar o funcionamento do cérebro dos faraós após a morte. Os faraós eram considerados enviados dos deuses e seu cérebro e mente despertava curiosidade, também eram realizadas cirurgias em pessoas comuns como os escravos. Pessoas que muitas vezes caiam e batiam com a cabeça formando coágulo no local da lesão. Retirado o coágulo sanguíneo, aqueles que sobrevivessem, poderiam retornar ao trabalho e levar uma vida normal. Mas é em 1960 com o surgimento da inteligência artificial, que visa replicar a inteligência humana para uso de programas de computador e construção de robôs pensantes, que a filosofia da mente aparece no cenário filosófico. Em poucas décadas a inteligência artificial teve um desenvolvimento extraordinário, causando impacto sobre a filosofia da mente e enfatizando a importância do papel que a configuração das nossas mentes desempenha na construção do mundo. A busca pela relação mente e cérebro está apenas começando, é precisa saber onde termina a neurofisiologia e onde começa a psicologia. Mas, pelo que parece, filósofos da mente terão que partilhar o mundo com robôs, andróides e ciborgues.

A NOVA CRIANÇA - CRIANÇA ÍNDIGO

Em 1960 surge a inteligência artificial. A ciência então volta seu olhar para o homem, com objetivo de desvendar seu cérebro para uso em robôs pensantes. Tem início uma nova era humana, a era da informatização, da inteligência e da velocidade das novas descobertas. Nesse contexto, surge uma nova criança chamada de “criança Índigo”. Dona de um raciocínio quase tão veloz quanto o de um computador. Ágil, rápida, inquieta, espantosamente inteligente. Crianças dotadas de muita energia e com baixo poder de concentração, que resistem a memorização mecânica por possuírem muita criatividade. Só param se o assunto for de interesse pessoal. Compreender e aprender a lidar com essa nova criança é, sem dúvida, um grande desafio para pais e educadores. A criança Índigo tem sido incompreendida, devido a falta de maturidade de pais aliados a professores sem formação adequada para o ensino destas crianças. Gerando assim, ansiedade e frustração na mente de crianças que não têm a inteligência e o dinamismo aproveitados adequadamente. Tudo isso se deve a limitações no entendimento de alguns adultos, que tratam o diferente como se fosse uma anomalia psicológica. Os adultos ainda não aprenderam a lidar com “as diferenças”. Só porque algo é diferente, não quer dizer que seja errado. Para piorar a situação, tem quem prefira crianças caladas. Esse é o princípio de toda ditadura – um povo calado é mais fácil de dominar. Mas nossas crianças estão na proeminência de mudar tudo isso, visto que são semelhantes a rebeldes, não se submetem às ditaduras. Por isso, é preciso mudar o modelo atual de ensino para um modelo com participação dinâmica do Índigo. Um modelo sem opressão, pois o índigo não tem medo. A nova criança, dona de um novo pensamento, não se deixa enganar, tem dificuldade com autoritarismos e parece ser antissocial. O Índigo com dois ou três anos de idade diz “eu sei isso”, ou, “eu posso fazer isso”, fica irritado quando alguém tenta ensinar aquilo que ele já sabe. O Índigo sabe que existe mais opção do que aquelas apresentadas pelos adultos. Trate essa nova criança com respeito. Dê a ela escolhas em tudo. Jamais as diminua. Não seja autoritário, pois o Índigo além de não ter medo também não obedece. Pense que existem outras formas de educar que não seja pela autoridade e opressão. Ditadores que viveram neste planeta, não fizeram nenhum bem a humanidade.

CRIANÇA ÍNDIGO


Eliani Gracez
O mundo está hiperativo. Embora algumas pessoas pensem que hiperatividade seja coisa de criança. O fato é que este mundo já não é mais o mesmo, esse velho planeta cheira a novidade. A mulher mudou, a criança mudou. E onde estão nossos idosos?, estão em um processo contrário, estão rejuvenescendo. Corremos, temos pressa, somos impacientes, não conseguimos parar, queremos tudo agora. Não toleramos a mesmice, queremos mudanças. Temos sede de saber e de aprender. Em meio a toda essa mudança no pensamento humano, o cérebro começa a ser desvendado com a neurociência e a neuroimagem. Em 1960, com o surgimento da inteligência artificial, visando replicar a inteligência humana para uso em programas de computadores e construção de robôs pensantes, nasce a filosofia da mente no cenário filosófico. Em poucas décadas a inteligência artificial teve um desenvolvimento extraordinário, causando impacto na vida das pessoas e enfatizando a importância do papel que a configuração das nossas mentes desempenha na construção do mundo. A tecnologia tomou conta da vida. Computadores, máquinas informatizadas, configurações unindo hardware e software, inúmeros satélites rodeando o planeta. Não dá para esquecer do telescópio espacial Habble, a procura de novos mundos. Este nosso mundo se tornou pequeno para nós. Atualmente, os cientistas procuram encontrar vida inteligente em outros planetas. De uns anos para cá, nos tornamos Ciborgues e nos movemos simultaneamente no real e no virtual. Tem seres transplantados, com próteses, marca-passo, seres geneticamente modificados e com a libido potencializada, seres que vão se modificando na medida da necessidade ou da vontade. E, com tudo isso, nossas crianças se tornaram o reflexo de todas essas mudanças. “A nova criança”, chamada de criança Índigo, tem a cara do momento atual, da hiperatividade que perpassa este planeta. A criança Índigo é rápida, inteligente e irreverente, aberta para novas descobertas. Por isso ela não aceita o uso de métodos ultrapassados como fonte de aprendizado. O Índigo tem um pé no presente e outro no futuro. O problema, é quando ele tem por educador, alguém com os dois pés no passado, alguém que ainda não percebeu que a mudança é a tônica do presente. A nova criança está preparada para sobreviver. Suas mentes estarão à frente de novas descobertas e de toda tecnologia que ainda está para surgir.