13/04/2009

CRIANÇA ÍNDIGO


Eliani Gracez
O mundo está hiperativo. Embora algumas pessoas pensem que hiperatividade seja coisa de criança. O fato é que este mundo já não é mais o mesmo, esse velho planeta cheira a novidade. A mulher mudou, a criança mudou. E onde estão nossos idosos?, estão em um processo contrário, estão rejuvenescendo. Corremos, temos pressa, somos impacientes, não conseguimos parar, queremos tudo agora. Não toleramos a mesmice, queremos mudanças. Temos sede de saber e de aprender. Em meio a toda essa mudança no pensamento humano, o cérebro começa a ser desvendado com a neurociência e a neuroimagem. Em 1960, com o surgimento da inteligência artificial, visando replicar a inteligência humana para uso em programas de computadores e construção de robôs pensantes, nasce a filosofia da mente no cenário filosófico. Em poucas décadas a inteligência artificial teve um desenvolvimento extraordinário, causando impacto na vida das pessoas e enfatizando a importância do papel que a configuração das nossas mentes desempenha na construção do mundo. A tecnologia tomou conta da vida. Computadores, máquinas informatizadas, configurações unindo hardware e software, inúmeros satélites rodeando o planeta. Não dá para esquecer do telescópio espacial Habble, a procura de novos mundos. Este nosso mundo se tornou pequeno para nós. Atualmente, os cientistas procuram encontrar vida inteligente em outros planetas. De uns anos para cá, nos tornamos Ciborgues e nos movemos simultaneamente no real e no virtual. Tem seres transplantados, com próteses, marca-passo, seres geneticamente modificados e com a libido potencializada, seres que vão se modificando na medida da necessidade ou da vontade. E, com tudo isso, nossas crianças se tornaram o reflexo de todas essas mudanças. “A nova criança”, chamada de criança Índigo, tem a cara do momento atual, da hiperatividade que perpassa este planeta. A criança Índigo é rápida, inteligente e irreverente, aberta para novas descobertas. Por isso ela não aceita o uso de métodos ultrapassados como fonte de aprendizado. O Índigo tem um pé no presente e outro no futuro. O problema, é quando ele tem por educador, alguém com os dois pés no passado, alguém que ainda não percebeu que a mudança é a tônica do presente. A nova criança está preparada para sobreviver. Suas mentes estarão à frente de novas descobertas e de toda tecnologia que ainda está para surgir.


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