27/05/2009

A EPIDEMIA DO CRACK

Drogas são substâncias químicas responsáveis por financiar o crime organizado e a violência que assola o Brasil. Entre elas, o Crack tem se demonstrado a mais devastadora de todas, devido a rapidez com que causa dependência e degeneração físico e mental, levando rapidamente seu usuário a morte. Em torno de seis usuários de Crack morrem por dia somente no Rio grande do Sul. Mas o que leva uma pessoa a se tornar um consumidor de drogas? Talvez seja insegurança, imaturidade, irresponsabilidade, falha na educação, ausência de valores, falta de um ideal ou metas, desestrutura pessoal e familiar, curiosidade, fuga, modismo...
A péssima qualidade da educação e a desestrutura familiar, são apontadas como as grandes vilãs desta história toda. A base da educação tem sido colocada fora do próprio indivíduo. São regras sociais construídas ao longo da história, que determinam o tipo de educação que uma pessoa deve receber. No entanto, em uma época “maquiavélica”, onde a moral e os valores são duvidosos, e o honesto é chamado de “boboca”, o indivíduo perde seu referencial, demonstrando uma total desestrutura pessoal. Ao culpar a família pela desestrutura que conduz as drogas, é preciso lembrar que este modelo tem sido, desde longa data, opressor e violento. Quantas mulheres foram humilhadas, violentadas, agredidas. Mulheres sem liberdade, acorrentadas a um homem por toda sua vida. A desestrutura, talvez, tenha sempre existido, apenas não fora percebida, porque as mulheres resistiram bravamente ao sofrimento. Homens construíram uma estrutura machista em cima de uma base não sólida, por isso, mais cedo ou mais tarde, a casa teria que cair. É preciso lembrar, que somos herdeiros de uma moral católica que, por muito tempo, queimou seres humanos vivos, e que até hoje impede seus religiosos de amar plenamente. Como a educação não esteve calcada nas necessidades do indivíduo e sim no egoísmo de alguns moralistas, a desestrutura tomou conta. O moralismo do passado, já não serve mais. Viver é um ato de responsabilidade, e não somos, ainda, educados para sermos responsáveis pela própria existência. Nossos jovens têm como exemplo, pessoas que destroem o planeta, que mantiveram uma estrutura familiar a base de opressão e excessivo moralismo. Em meio a desordem, o Crack está se tornando a maior de todas as epidemias que já assolaram este planeta.