A criança em mim ainda está viva. Lembro que na minha
infância eu esperava ansiosa pelo meu aniversário. Pois bem, é amanhã, 14 de
julho. Estou ansiosa para ler todas as mensagens de felicitações que irei
receber. Infantilidade? Será? Ou será que dentro de mim ainda habita uma
criança que a fase adulta não conseguiu matar? Prefiro pensar que a criança, a
mulher e a anciã cohabitam em charmosa harmonia e delicada sutileza. A criança
carrega a inocência original que jamais deve ser perdida. Em meio a tanta teoria,
tentativas de justificar o injustificado e necessidade de acabar com o
irracional, que acabamos nos perdendo em meio a tudo isso. A inocência é
irracional, e pouca coisa é tão bela quanto a inocência da criança. A mente
violenta a criança. Justamente na fase onde o raciocínio lógico começa a ter
força, é quando a criança começa a adolescência, e a inocente criança descobre
que o mundo não é tão inocente como lhe parecia ser, embora algumas crianças
descobrem isso bem antes. Mas, na medida do possível, alguma inocência deve ser
preservada para que não se mate a criança interior e toda beleza da inocência
morra. Assim o caminho fica menos sofrido, ou, mais fácil de ser percorrido.
Embora, as dificuldades do caminho aconteçam quando se erra o caminho e se é
obrigado a percorrer até o fim um caminho desagradável. Por isso não erre na
escolha e mantenha alguma inocência, e a caminhada será agradável. Por outro
lado, está entre as minhas crenças que todos que estão nesse planeta são
aqueles que erraram o caminho e causaram violência à inocência. Quem já errou
uma vez e não compreende a causa do sofrimento que está em percorrer o caminho
errado, corre o risco de errar novamente. No entanto, as escolhas devem ser
feitas em paz, faz tua escolha em paz e lembra que para cada sim existe um não,
e não confunde as coisas. A escolha é se tu estás preparado para o não que vais dar, e não para o sim que é tão fácil de escolher. Estávamos mesmo falando
do quê? Há...sim...do meu aniversário! Feliz aniversário criança.
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