Quem
ainda não assistiu, assista ao filme “O senhor das armas”, para ver a realidade
do descaso com a vida humana. O filme mostra um traficante de armas que compra
armas ilegalmente de militares e as vende em zonas de conflito e de guerrilha,
mesmo sabendo que estas armar irão matar toda uma população de inocentes. Mas
“o senhor das armas”, personagem vivido por Nicolas Cage, tem uma família que
vive confortavelmente. Assim é o político corrupto. Rouba dos necessitados,
rouba dinheiro da merenda escolar, rouba superfaturando notas fiscais.
Desviando dinheiro daqui e dali. Levando namoradas famosas, e que poderiam
pagar passagens aéreas, para viajar de avião com dinheiro público. Enquanto
isso, o povo anda em ônibus e metrôs abarrotados de tanta gente. O descaso é
comigo, é com vocês, é com todas as pessoas que aos olhos de alguns não valem
nada. Que moral é essa que tomou conta do Brasil? Esta moral seja ela qual for,
infestou a política. Tudo isso só está acontecendo devido a uma ausência de
parâmetros claros e definidos para os limites do poder. O poder corrompe a
mente de seres que estão autocentrados em suas próprias necessidades. Seres que
esqueceram de que o outro também tem necessidades para sobreviver. O brasileiro
já se acostumou a corrupção, parece tudo tão corriqueiro, como se isso não
tivesse solução. A corrupção, no Brasil, tem sua origem no “jeitinho
brasileiro”, que todo brasileiro tem. Por isso, a crise da ética é uma crise
moral. A final, questionar a moral dos políticos, é questionar esse tal
“jeitinho brasileiro” de ser. Ética não é um conjunto de normas morais, como
dizem por aí, ética é uma reflexão acerca da moral, e não a moral em si. Viver
é conviver. E é neste convívio que o ser humano se descobre como um ser de
moral. Um ser dotado de uma razão ética que questiona a moral vigente em sua
comunidade. Mais do que isso, um ser que se pergunta sobre o que deve fazer?
Como agir em determinada situação? Como se comportar perante o outro? Que se
pergunta sobre a injustiça, sobre a corrupção e o que fazer com tudo isso? Mas
a verdade, é que nem todos se questionam. Nem todos se preocupam com moral ou
com ética. Tem gente que não quer saber de nada disso, não estão preocupados
com quantos vão lesar ou ferir. Não se preocupam com quantos poderão sofrer ou
morrer em decorrência do seu egoísmo, e ainda se julgam espertos.
27/04/2009
13/04/2009
O HOMEM DO TEMPO
Eliani Gracez
O tempo é um eterno agora. O passado já acabou e o futuro ainda não começou. Isso me diz que a vida acontece no presente. Um dia desses, parei no terraço no meu local de trabalho, olhei às pessoas andando tão apressadas, como se não houvesse tempo. Apressadas por quê? A pressa seria para trabalhar mais, me perguntei. Quem sabe tanta pressa seria para ir para casa e finalmente descansar? Mas às três horas da tarde, quem é que pensa em descanso a essa hora?! Quase não acreditei no que estava vendo, pressa, pressa, pressa para todos os lados. Por que tanta pressa?, quando tempo é tudo o que se tem! Tempo para nascer, tempo para crescer, tempo para morrer. Há tempo para tudo nessa vida. Porque então tanta pressa, me perguntei ali parada olhando para aquelas pessoas que se encaminhavam cada uma ao seu destino. Talvez fosse melhor dizer, quase correndo para o seu destino, como se ele, o destino, fosse de vital importância e não existisse nada a mais no tempo, somente ele, o destino. Porque não param, porque não se questionam sobre seu destino. Porque permitem que o tempo os arraste com sua avalanche de coisas à realizar. Meu pensamento não parava, não entendia o porquê de tanta pressa, embora me fosse possível compreender o grande mal que existe em estar a mercê do tempo. A natureza do tempo é igual a qualquer outra natureza, rebelde e devastadora, caso não seja controlada. Pensando bem, talvez na natureza do tempo estejam contidas todas as demais naturezas, inclusive a natureza da brevidade da vida. Os anos transcorrem rápidos e velozmente, e por vezes, em pleno esplendor da vida, ela nos abandona. Não seria melhor cuidar do tempo como quem cuida de um patrimônio, sem desperdiçar nada. Se aquelas pessoas fizessem a conta de sua existência e vissem quanto tempo gastam em disputas pelo poder, quanto tempo foi perdido com brigas conjugais, quanto tempo perderam falando mal de alguém, quanto tempo gastaram com ódios e ira ou desesperados por um amor não correspondido. ― Quanto tempo perdido! Veriam então que pouco tempo sobrou para a felicidade. O lamentável de tudo isso é que muitas pessoas somente se darão de conta disso, quando já não houver mais verdadeiramente tempo, quando o tempo de vida tiver encontrado seu fim. Percebi então, a natureza dos sábios, aqueles que eu havia tanto estudado, eles se colocavam acima do destino, não permitindo que nada perturbasse seu tempo de vida. Uma imperturbabilidade da alma, que só possui quem valoriza a vida que se passa no tempo.
O tempo é um eterno agora. O passado já acabou e o futuro ainda não começou. Isso me diz que a vida acontece no presente. Um dia desses, parei no terraço no meu local de trabalho, olhei às pessoas andando tão apressadas, como se não houvesse tempo. Apressadas por quê? A pressa seria para trabalhar mais, me perguntei. Quem sabe tanta pressa seria para ir para casa e finalmente descansar? Mas às três horas da tarde, quem é que pensa em descanso a essa hora?! Quase não acreditei no que estava vendo, pressa, pressa, pressa para todos os lados. Por que tanta pressa?, quando tempo é tudo o que se tem! Tempo para nascer, tempo para crescer, tempo para morrer. Há tempo para tudo nessa vida. Porque então tanta pressa, me perguntei ali parada olhando para aquelas pessoas que se encaminhavam cada uma ao seu destino. Talvez fosse melhor dizer, quase correndo para o seu destino, como se ele, o destino, fosse de vital importância e não existisse nada a mais no tempo, somente ele, o destino. Porque não param, porque não se questionam sobre seu destino. Porque permitem que o tempo os arraste com sua avalanche de coisas à realizar. Meu pensamento não parava, não entendia o porquê de tanta pressa, embora me fosse possível compreender o grande mal que existe em estar a mercê do tempo. A natureza do tempo é igual a qualquer outra natureza, rebelde e devastadora, caso não seja controlada. Pensando bem, talvez na natureza do tempo estejam contidas todas as demais naturezas, inclusive a natureza da brevidade da vida. Os anos transcorrem rápidos e velozmente, e por vezes, em pleno esplendor da vida, ela nos abandona. Não seria melhor cuidar do tempo como quem cuida de um patrimônio, sem desperdiçar nada. Se aquelas pessoas fizessem a conta de sua existência e vissem quanto tempo gastam em disputas pelo poder, quanto tempo foi perdido com brigas conjugais, quanto tempo perderam falando mal de alguém, quanto tempo gastaram com ódios e ira ou desesperados por um amor não correspondido. ― Quanto tempo perdido! Veriam então que pouco tempo sobrou para a felicidade. O lamentável de tudo isso é que muitas pessoas somente se darão de conta disso, quando já não houver mais verdadeiramente tempo, quando o tempo de vida tiver encontrado seu fim. Percebi então, a natureza dos sábios, aqueles que eu havia tanto estudado, eles se colocavam acima do destino, não permitindo que nada perturbasse seu tempo de vida. Uma imperturbabilidade da alma, que só possui quem valoriza a vida que se passa no tempo.
O HOMEM DE SEIS MILHÕES DE DÓLARES
A
filosofia da mente faz uma reflexão entre o homem e a tecnologia, onde o humano
convive com a máquina, e a mente de um usuário da Internet convive com o
ciberespaço. No processo de civilização humano sempre esteve presente a
técnica, um processo circular em que o homem cria a tecnologia e dela sofre
influência. Os artefatos criados pelo homem são incorporados a seu ser que, daí
em diante, considera o objeto como parte integrante de seu organismo. A
evolução humana sempre esteve marcada pela técnica, pois o homem, desde o
início dos tempos, cria instrumentos com objetivo de facilitar seu trabalho.
Computadores, máquinas
informatizadas, configurações unindo hardware e software, são utensílios que
fazem do homem um ser ciborgue que se move simultaneamente no real e no
virtual. Essa união entre o humano e o virtual chama-se parabiose. Uma união
com influência nos processos psicológicos humanos. Alguns pesquisadores afirmam
que a informática e artefatos criados ao longo da evolução humana, não nos
deixaram mais inteligentes, visto que apenas alteram as tarefas diárias. Do
ponto de vista dos sistêmicos, existe uma soma entre a pessoa e o artefato
criado por ela. Dessa união surge o novo ciborgue. Da ficção do passado de um
homem de “seis milhões de dólares”, até o ciborgue atual, a diferença crucial é
que o ciborgue atual custa bem menos. O novo ciborgue se move ao mesmo tempo no
virtual e no real, ao incorporar componentes que multiplicam e agilizam sua
capacidade de pensar e de se mover no tempo e no espaço. Nesse caso, um outro
problema se apresenta: estamos nos encaminhando para o pós-humano ou tão
somente potencializando o hiper-humano. O filósofo da mente quer desvendar mais
um mistério, mais uma peça do enigmático quebra-cabeça humano: nossa mente. E
com isso, a tecnologia em um processo mimético (imitação), recria o homem a
imagem e semelhança do próprio homem, que por sua vez vê sua imagem refletida
em uma máquina pensante. O homem realmente parece ser a medida para todas as
coisas. De tudo isso, o fato é que temos seres transplantados, com próteses,
marca-passo, seres geneticamente modificados e com a libido potencializada,
seres que vão se modificando na medida da necessidade. Mulheres, homens e
crianças conectados a uma inteligência artificial produzindo, a partir desta
integração, um ser parabiótico essencialmente diferente do Homo sapiens.
Formando assim uma inteligência sem limite para o desenvolvimento humano. Isso
só é possível porque seres humanos possuem a capacidade de incorporar
instrumentos criados por eles.
A MENTE POR TRÁS DA MÁQUINA
Somos
seres pensantes e por isso diferentes dos animais. Mas o que se passa em nosso
cérebro? De que forma mente e pensamentos interferem em nosso cotidiano? A
filosofia da mente é um campo do saber que desperta muitas inquietações, um
campo arrojado que pretende trazer uma luz para questões humanas ao pesquisar
sobre o conteúdo mental, inteligência artificial e qualia. Perguntas do tipo:
seriam estados mentais estados cerebrais? O pensamento está diretamente
atrelado ao cérebro ou seria ele uma outra dimensão do humano? O que é um
pensamento? Onde estão nossos pensamentos? Porque pensamos? Como pensamos? O
certo é que se um neurocirurgião abrir nosso cérebro não encontrará
pensamentos, porque a natureza dos fenômenos mentais é invisível. Isso nos faz
pensar que embora invisível o pensamento existe. Questões desse tipo e que
ainda estão para serem resolvidas, instigam pesquisadores da mente. A filosofia
da mente usa também resultados de pesquisa empírica sobre o funcionamento do
cérebro. Pesquisas sobre inteligência artificial, que pretendem produzir robôs
pensantes, e a neurociência, que pretende fotografar a consciência fazendo uso
da neuroimagem, são aliados dos filósofos da mente. O cérebro começa a ser
desvendado a partir de 1950 com a neurociência, embora no Egito antigo já se
realizassem cirurgias no cérebro chamadas de Trepanação. Esse tipo de
procedimento cirúrgico visava estudar o funcionamento do cérebro dos faraós
após a morte. Os faraós eram considerados enviados dos deuses e seu cérebro e
mente despertava curiosidade, também eram realizadas cirurgias em pessoas
comuns como os escravos. Pessoas que muitas vezes caiam e batiam com a cabeça
formando coágulo no local da lesão. Retirado o coágulo sanguíneo, aqueles que
sobrevivessem, poderiam retornar ao trabalho e levar uma vida normal. Mas é em
1960 com o surgimento da inteligência artificial, que visa replicar a
inteligência humana para uso de programas de computador e construção de robôs
pensantes, que a filosofia da mente aparece no cenário filosófico. Em poucas
décadas a inteligência artificial teve um desenvolvimento extraordinário,
causando impacto sobre a filosofia da mente e enfatizando a importância do
papel que a configuração das nossas mentes desempenha na construção do mundo. A
busca pela relação mente e cérebro está apenas começando, é precisa saber onde
termina a neurofisiologia e onde começa a psicologia. Mas, pelo que parece,
filósofos da mente terão que partilhar o mundo com robôs, andróides e
ciborgues.
A NOVA CRIANÇA - CRIANÇA ÍNDIGO
Em
1960 surge a inteligência artificial. A ciência então volta seu olhar para o
homem, com objetivo de desvendar seu cérebro para uso em robôs pensantes. Tem
início uma nova era humana, a era da informatização, da inteligência e da
velocidade das novas descobertas. Nesse contexto, surge uma nova criança
chamada de “criança Índigo”. Dona de um raciocínio quase tão veloz quanto o de
um computador. Ágil, rápida, inquieta, espantosamente inteligente. Crianças
dotadas de muita energia e com baixo poder de concentração, que resistem a
memorização mecânica por possuírem muita criatividade. Só param se o assunto
for de interesse pessoal. Compreender e aprender a lidar com essa nova criança
é, sem dúvida, um grande desafio para pais e educadores. A criança Índigo tem
sido incompreendida, devido a falta de maturidade de pais aliados a professores
sem formação adequada para o ensino destas crianças. Gerando assim, ansiedade e
frustração na mente de crianças que não têm a inteligência e o dinamismo
aproveitados adequadamente. Tudo isso se deve a limitações no entendimento de
alguns adultos, que tratam o diferente como se fosse uma anomalia psicológica.
Os adultos ainda não aprenderam a lidar com “as diferenças”. Só porque algo é
diferente, não quer dizer que seja errado. Para piorar a situação, tem quem
prefira crianças caladas. Esse é o princípio de toda ditadura – um povo calado
é mais fácil de dominar. Mas nossas crianças estão na proeminência de mudar
tudo isso, visto que são semelhantes a rebeldes, não se submetem às ditaduras.
Por isso, é preciso mudar o modelo atual de ensino para um modelo com
participação dinâmica do Índigo. Um modelo sem opressão, pois o índigo não tem
medo. A nova criança, dona de um novo pensamento, não se deixa enganar, tem
dificuldade com autoritarismos e parece ser antissocial. O Índigo com dois ou
três anos de idade diz “eu sei isso”, ou, “eu posso fazer isso”, fica irritado
quando alguém tenta ensinar aquilo que ele já sabe. O Índigo sabe que existe
mais opção do que aquelas apresentadas pelos adultos. Trate essa nova criança
com respeito. Dê a ela escolhas em tudo. Jamais as diminua. Não seja
autoritário, pois o Índigo além de não ter medo também não obedece. Pense que
existem outras formas de educar que não seja pela autoridade e opressão.
Ditadores que viveram neste planeta, não fizeram nenhum bem a humanidade.
CRIANÇA ÍNDIGO
Eliani Gracez
O mundo está hiperativo. Embora algumas pessoas pensem que hiperatividade seja coisa de criança. O fato é que este mundo já não é mais o mesmo, esse velho planeta cheira a novidade. A mulher mudou, a criança mudou. E onde estão nossos idosos?, estão em um processo contrário, estão rejuvenescendo. Corremos, temos pressa, somos impacientes, não conseguimos parar, queremos tudo agora. Não toleramos a mesmice, queremos mudanças. Temos sede de saber e de aprender. Em meio a toda essa mudança no pensamento humano, o cérebro começa a ser desvendado com a neurociência e a neuroimagem. Em 1960, com o surgimento da inteligência artificial, visando replicar a inteligência humana para uso em programas de computadores e construção de robôs pensantes, nasce a filosofia da mente no cenário filosófico. Em poucas décadas a inteligência artificial teve um desenvolvimento extraordinário, causando impacto na vida das pessoas e enfatizando a importância do papel que a configuração das nossas mentes desempenha na construção do mundo. A tecnologia tomou conta da vida. Computadores, máquinas informatizadas, configurações unindo hardware e software, inúmeros satélites rodeando o planeta. Não dá para esquecer do telescópio espacial Habble, a procura de novos mundos. Este nosso mundo se tornou pequeno para nós. Atualmente, os cientistas procuram encontrar vida inteligente em outros planetas. De uns anos para cá, nos tornamos Ciborgues e nos movemos simultaneamente no real e no virtual. Tem seres transplantados, com próteses, marca-passo, seres geneticamente modificados e com a libido potencializada, seres que vão se modificando na medida da necessidade ou da vontade. E, com tudo isso, nossas crianças se tornaram o reflexo de todas essas mudanças. “A nova criança”, chamada de criança Índigo, tem a cara do momento atual, da hiperatividade que perpassa este planeta. A criança Índigo é rápida, inteligente e irreverente, aberta para novas descobertas. Por isso ela não aceita o uso de métodos ultrapassados como fonte de aprendizado. O Índigo tem um pé no presente e outro no futuro. O problema, é quando ele tem por educador, alguém com os dois pés no passado, alguém que ainda não percebeu que a mudança é a tônica do presente. A nova criança está preparada para sobreviver. Suas mentes estarão à frente de novas descobertas e de toda tecnologia que ainda está para surgir.
Assinar:
Postagens (Atom)