13/09/2015

ÉTICA ANIMAL

Eu devo de ter caído e batido com a cabeça, pois não consigo compreender. Tudo me parece tão simples. Os pais cuidam dos filhos, irmão cuida de irmão, e todos cuidam do planeta. Simples assim! Mas, no mundo da traição e da corrupção, onde o honesto é chamado de babaca, o maior come o menor. No planeta existem dois tipos de pessoas: o humano e o animal intelectual. Só porque temos a capacidade de raciocinar não quer dizer que haja humanidade nisso. Da mesma forma só porque alguém leu muitos livros e os sita vez ou outra para chamar a atenção do animal intelectual, não quer dizer que ele seja inteligente. Na maioria dos casos significa apenas que possui boa memória. O animal racional é um ser de razão e de memória. Já o humano é um ser de razão que pensa a si mesmo e sua integração planetária. O humano sabe que se ele destruir o planeta, o planeta o destruirá também. Dessa integração com o todo surge o humano que se vê como um ser de razão e também de emocão. No entanto, a grande maioria das pessoas se encontra na fase do animal intelectual, que por não ter um olhar humano sobre a vida, usa o outro como objeto para sua sobrevivência, reduzindo-o a uma “coisa”. E uma coisa não possui alma, não possui sentimentos e por isso não sente dor e não sofre. Coisa é coisa! Esse é o animal intelectual chamado homem. Por outro lado, o humano, por ter inteligência emocional, sente o que o outro está sentindo e, ao sentir, compreende o sofrimento alheio. Compreende a dor do outro. E dessa compreensão surge uma ética verdadeira, uma ética da felicidade. O resto é legalização do mal feito pelo animal intelectual desprovido de sentimentos, visando somente a um fim, o lucro. Uma razão que diz: mata, contanto que dê lucro. Ok, estão matando nosso planeta e matando animais em laboratórios a curto e a longo prazo. Mas, em uma ética da felicidade, a pergunta que cabe é: quem consegue ser feliz usando produtos testados em animais? Que tipo de pessoa é essa? Produtos testados nos olhos de nossos irmãos menores, parafraseando São Francisco de Assis, para ver se em nós não causa, por exemplo, alergia. Já imaginaram, se uma pessoa por ter uma racionalidade maior do que a nossa, ou, por ser simplesmente maior, usasse nossos olhos para teste. Cruel hem?! Mas, como pimenta nos olhos dos outros é colírio... O problema não são os nossos irmãos menores e nem o ser humano. O problema é o animal intelectual, onde a luz do coração não foi acesa e, sem iluminação, destruiu o planeta. O problema já não é mais o que fazer com o que nos tornamos, mas sim o que fazer com quem não se tornou humano. O que fazer com o não ser? Mas, primeiro temos que saber quem é o animal.

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