O título deste artigo foi extraído do livro A República de Platão. Vejam só, as aparências nos enganam desde longa data. Ser justo não vale a pena, dizia Glaucon, no livro A República, afinal, ser justo não traz garantia de lucro. Pensamento como esse, entre outros, foram motivo de debate na República platônica, e ainda permeiam o mundo atual. Semelhança à parte, a corrupção tem que ter fim neste país, para tanto, é preciso que se tenha mais rigor na lei. Houve uma época, no Brasil, onde não se podia investigar a corrupção nas bases governistas, só na oposição isto era possível. Como se só a oposição fosse corrupta. Isso foi uma afronta a inteligência do pacífico povo brasileiro. A afronta hoje é um pouco diferente. As leis são regras que substituem a lei do mais forte e evita a guerra de todos contra todos. A ordem social é necessária à sobrevivência, no entanto, a lei não pode servir de instrumento à corrupção. Uma lei que protege o corrupto não serve à ordem sociedade, mas sim ao caos. Nesse caso, trata-se de tirania que em nada contribui para o desenvolvimento do país. Segundo Hobbes, não basta criar leis, mas sim impor a segurança através de castigos rígidos. Desta forma o infrator escolherá cumprir a lei do que infringí-la, devido ao seu rigor. A lei deveria ser mais rigorosa para com os políticos, pois eles não enganam a uma só pessoa, eles enganam a milhões de brasileiros. A lei deveria ser mais rigorosa para com os políticos, pois eles não roubam para matar a fome e nem por desconhecimento da lei. Em uma democracia são eleitos aqueles que irão cuidar dos interesses do povo. No entanto, o tirano se considera acima da lei e do povo. E assim nossos políticos não se consideram ladrões, e sim Zeus, que uma vez no Olimpo pode tudo. Fala-se nas próximas eleições e em renovação política, mas, me pergunto se teremos uma renovação política ou renovação dos corruptos. Como ter a garantia de que não elegeremos ladrões em vez de políticos. Somente a certeza do rigor da lei nos daria essa garantia. Pelo que parece, nossas leis parecem ser justas, mas não são. “O suprassumo da injustiça é parecer justo sem ser”. O fato de ser legal não quer dizer que seja moral. A situação do país é imoral.
21/09/2013
O SUPRA SUMO DA INJUSTIÇA É PARECER JUSTO SEM SER
O título deste artigo foi extraído do livro A República de Platão. Vejam só, as aparências nos enganam desde longa data. Ser justo não vale a pena, dizia Glaucon, no livro A República, afinal, ser justo não traz garantia de lucro. Pensamento como esse, entre outros, foram motivo de debate na República platônica, e ainda permeiam o mundo atual. Semelhança à parte, a corrupção tem que ter fim neste país, para tanto, é preciso que se tenha mais rigor na lei. Houve uma época, no Brasil, onde não se podia investigar a corrupção nas bases governistas, só na oposição isto era possível. Como se só a oposição fosse corrupta. Isso foi uma afronta a inteligência do pacífico povo brasileiro. A afronta hoje é um pouco diferente. As leis são regras que substituem a lei do mais forte e evita a guerra de todos contra todos. A ordem social é necessária à sobrevivência, no entanto, a lei não pode servir de instrumento à corrupção. Uma lei que protege o corrupto não serve à ordem sociedade, mas sim ao caos. Nesse caso, trata-se de tirania que em nada contribui para o desenvolvimento do país. Segundo Hobbes, não basta criar leis, mas sim impor a segurança através de castigos rígidos. Desta forma o infrator escolherá cumprir a lei do que infringí-la, devido ao seu rigor. A lei deveria ser mais rigorosa para com os políticos, pois eles não enganam a uma só pessoa, eles enganam a milhões de brasileiros. A lei deveria ser mais rigorosa para com os políticos, pois eles não roubam para matar a fome e nem por desconhecimento da lei. Em uma democracia são eleitos aqueles que irão cuidar dos interesses do povo. No entanto, o tirano se considera acima da lei e do povo. E assim nossos políticos não se consideram ladrões, e sim Zeus, que uma vez no Olimpo pode tudo. Fala-se nas próximas eleições e em renovação política, mas, me pergunto se teremos uma renovação política ou renovação dos corruptos. Como ter a garantia de que não elegeremos ladrões em vez de políticos. Somente a certeza do rigor da lei nos daria essa garantia. Pelo que parece, nossas leis parecem ser justas, mas não são. “O suprassumo da injustiça é parecer justo sem ser”. O fato de ser legal não quer dizer que seja moral. A situação do país é imoral.
17/06/2013
QUE DEMOCRACIA É ESSA

21/05/2013
A NOVA MULHER

A nova mulher surge em cima dos escombros da mulher obediente. Ao longo dos séculos as mulheres foram obrigadas a ter vergonha de suas aspirações. Adestradas para obedecer em uma cultura machista, egoísta e alheia a alma humana, predadores tiraram dela seus sonhos, sua libido, roubaram suas almas. Trataram a mulher como se ela fosse um objeto decorativo dentro da família, uma peça de porcelana frágil. O irônico disso tudo é que cabia a mulher a tarefa mais importante – preparar seus filhos para a vida, tarefa esta desvalorizada, pois, em muitas culturas, e na nossa não fora diferente, só o trabalho que rendesse dinheiro era valorizado. A mulher do passado tornou-se polida, recatada, uma dama educada, contida e reprimida. Santo adestramento! Recentemente as mulheres escavaram no deserto feminino a procura de ossos para montar um novo esqueleto de mulher. Surge assim a nova Eva. A mulher dos dias de hoje encontrou seu ser, sua libido, sua vontade, seus desejos. Tem quem diga que a mulher tornou-se “barraqueira”. Antes barraqueira do que a pobre criatura sem vida própria do passado. A mulher moderna escavou no submundo do inconsciente humano, onde reside a força da vida oprimida pelo predador e por crostas e mais crostas de sujeira humana, para encontrar o seu ser. A mulher aprendeu a dizer não ao seu predador, e com isso ganhou de volta a sua alma. No fundo do poço não existe saída, portanto, ou a mulher sucumbia ao predador ou lutava pela vida. Foi então que das entranhas de seu ser surgiu a força vital para lutar pela vida. O predador assustado, reconhecendo a força da mulher, aliou-se a ela. Sabia decisão! E, hoje, homens e mulheres caminham lado a lado, como requer os bons costumes da alma. Como uma Fênix, a mulher renasceu das cinzas ao penetrar no seu inconsciente a procura de si mesma e acendeu a chama da vida renovada. A nova mulher deixou de render culto ao medo e deu um golpe certeiro naqueles que apostaram em sua fraqueza. Aprendeu que o risco calculado conduz ao crescimento e que ser boazinha só aumenta os maus tratos. Aprendeu a não se deixar intimidar. Aprendeu que o predador não era tão forte assim quanto parecia ser. Aprendeu que a ousadia faz parte da estratégia. Senhores, vos apresento a nova Eva, a mulher que deu origem ao homem moderno, o Adão, o homem dos dias de hoje. Até a bíblia a nova mulher está reinventando.
21/03/2013
O CAOS DA SAÚDE EM SÃO LEOPOLDO
A medicina, no século passado, saiu das
catacumbas onde eram dissecados cadáveres para estudo, apoiada por almas
sofridas e carentes de um alívio para a dor e o sofrimento causado por doenças,
ferimentos de guerra, epidemias etc. Humildes depositários da esperança de uma
cura para seus males. Do submundo das
catacumbas até os dias de hoje, a tecnologia avançou. Foi-se o tempo em que se
abria um abdome, hoje, dois ou três furinhos resolvem o problema. Mas, para que
serve todo esse desenvolvimento tecnológico se pessoas ainda morrem sem
assistência médica como no passado. De que adianta diagnosticar o câncer
precocemente se o que mata é fila de espera. Talvez, a catacumba do passado
somente tenha ganhado uma roupagem nova e um nome diferente. O submundo hoje
chama-se SUS (sistema único de saúde). Só para reforçar a tese de que o
submundo da medicina ainda é o mesmo, citamos aqui a situação da cidade de São
Leopoldo. No posto de saúde situado à rua Teodomiro Porto da Fonseca, nº 810, inúmeras pessoas esperam a
aproximadamente seis meses por uma cirurgia de câncer. Maria Izabel Lopes Peres
é uma dessas pessoas. Com câncer de mama diagnosticado à seis meses, ainda não
conseguiu a cirurgia para retirada do tumor. Familiares então decidiram entrar
na justiça para obter o “direito” de Maria Izabel ser operada. O médico que
acompanha o caso já forneceu amplo laudo à justiça sobre a gravidade do câncer,
no entanto, não escreveu no laudo que câncer de mama mata. Por isso a
documentação foi recusada pelo poder judiciário. Talvez nosso poder judiciário
não saiba aquilo que o mais comum dos mortais sabe: câncer mata, e mata rápido.
Mas, como pimenta nos olhos dos outros é colírio, a situação é esta. Resta
saber quem vai matar mais rápido – se o câncer, a burocracia ou o sistema único
de saúde. Tenho certeza que têm coisas que aniquilam com uma pessoa mais rápido
que o câncer, e uma delas se chama insensibilidade.
No
passado da medicina houve uma separação entre mente e corpo, e assim pessoas
passaram a ser tratadas como se fossem máquinas cheias de peças, um ser sem alma.
Tem muita coisa ainda para ser descoberta, não somente sobre o corpo físico
carregado por nós, mas também sobre o ser humano que habita este corpo. Afinal,
somos maiores do que nosso próprio corpo. Somos seres dotados de uma inteligência
que transcende o próprio corpo.
05/03/2013
TEMPO DE DESPERTAR

A natureza do tempo é igual a qualquer outra
natureza rebelde e devastadora, caso não seja controlada. Pensando bem, talvez,
na natureza do tempo estejam contidas todas as demais naturezas, inclusive a
brevidade da vida, pois os anos de vida transcorrem rápidos, velozes, e quando
nos damos de conta, a vida se foi. Não seria melhor
cuidar do tempo como quem cuida de um bem. Se as pessoas fizessem um balanço de
sua existência e vissem quanto tempo gastam em disputas de poder, quanto tempo
perdido com brigas, quanto tempo perderam falando mal de alguém e cuidando da
vida alheia, quanto tempo foi gasto com ódio e ira, ou, chorando por um amor
não correspondido. ― Quanto tempo perdido! Veriam então que pouco tempo sobrou
para a felicidade. O lamentável de tudo isso é que muitas pessoas somente se
darão de conta disso, quando já não houver mais verdadeiramente tempo, quando o
relógio da vida tiver encontrado seu fim. Cronos, cujo nome na
mitologia grega significa tempo, engolia seus filhos para que pudesse reinar
absoluto sobre a face da terra. Como bons filhos de Cronos que somos, estamos
todos presos ao tempo até que o anjo da morte, Hades, nos sequestre. Cronos, o
tempo, e, Hades, o anjo da morte, dois poderosos Titãs, governam majestosamente
a vida sobre este planeta. Passamos a vida no ventre do tempo para um dia
sermos sequestrados abruptamente e quando menos esperamos, por ele, o senhor
da morte. Mas não vamos nos preocupar, afinal, há tempo para tudo ─ tempo para
nascer, tempo para crescer, tempo para amar e tempo para despertar. Embora a
morte nos cause assombro, quem sabe, a pior morte seja aquela que acontece sem
que nos demos de conta. A pior morte é a vida vazia e inútil. Lembro-me agora
de Aristóteles que dizia: “ótimo é aquele que de si mesmo conhece todas as coisas; bom, o
que escuta os conselhos dos homens judiciosos. Mas o que por si não pensa, nem
acolhe a sabedoria alheia, esse é, em verdade, um homem inteiramente inútil”.
Se você é uma daquelas raras pessoas que vive sua vida intensamente, creio
que sua escolha foi a de enfrentar os problemas de frente, sem mascarar ou
camuflar as dificuldades, sem drogas e sem Prozac. Não paralisou sua vida e nem
tornou ela tediosa. Não se tornou um problema para si mesmo e nem para outras
pessoas. Por certo, você abandonou velhos costumes e aderiu ao novo. Deu
um novo ritmo a sua existência na medida em que desliza por ela adquirindo
conhecimento. Compreenda que foi para isso que você veio ao mundo, e não
somente para nascer, crescer, reproduzir e morrer. Faça sua vida valer a pena
de ser vivida, faça a diferença entre os mortos vivos que andam por aí. Não se
torne somente um número, um CPF ou um RG a mais neste planeta.
28/02/2013
EM NOME DE DEUS
Eliani Gracez
Não sei se a situação é de rir ou de chorar! Talvez seja melhor chorar pelos inocentes ultrajados e violentados ao longo dos séculos. Sim, isso não vem de hoje, muita sujeira está perdida no silêncio dos séculos e sobre os escombros de humanas criaturas. A nova fase global pede por atitudes com transparência e honestidade de propósitos. Muito da nova fase global se deve a imprensa que vem tornando pública a sujeira escondida em baixo dos mais refinados tapetes. Não escapou nem mesmo a “santa igreja católica” que tem sido desmoralizada por escândalos sexuais, corrupção e lavagem de dinheiro. A igreja que já queimou pessoas vivas e enfrentou denúncia de pedofilia entre outros escândalos sexuais, agora enfrenta também um escândalo financeiro que inclui lavagem de dinheiro do banco do vaticano. Entendo que muitos, neste momento, estão argumentando que a nossa história é repleta de carnificina. No entanto, causa mais repugnância quando a carnificina vem daqueles que se espera integridade moral. Quando a punhalada vem pelas costas e justamente daqueles em quem se depositava toda confiança, a traição torna-se muito mais cruel e desoladora. A fé, nesses casos, é abalada e já não se sabe mais em quem confiar. A pergunta que sempre devemos ter em mente para não sermos mais enganados é – o que reside por trás da aparência? Segundo Oscar Wilde, por trás da face do bem reside a essência do mal, e, segunda a bíblia, atrás da aparência de cordeiros residem lobos. Em meio a tudo isso o Papa Bento XVI abandonou o barco. Talvez seja melhor assim, admitir a incapacidade para solucionar o problema não é um erro, erro é ocultar a sujeira. No princípio da criação Deus transformou o caos em cosmos, hoje, o homem transforma Deus em
caos. O homem criou bispos, arcebispos e um Papa para administrar o reino
Divino. A partir daí decisões foram tomadas aqui na terra em
nome Dele. Arrogância à parte, um
dia a casa teria que cair. Não é possível ocultar escândalos sexuais,
pedofilia, ganância, entre outras coisas, o tempo todo. Se a igreja quiser
sobreviver aos novos tempos terá que se reinventar e se adequar a uma nova
ordem. E a sexualidade de seus sacerdotes tem que entrar em debate, porque o
problema da igreja, apesar de tudo, ainda não é a fé e sim um problema sexual
que propicia o mau caráter daqueles que se realizam com o proibido contanto que
a aparência seja mantida.
Não sei se a situação é de rir ou de chorar! Talvez seja melhor chorar pelos inocentes ultrajados e violentados ao longo dos séculos. Sim, isso não vem de hoje, muita sujeira está perdida no silêncio dos séculos e sobre os escombros de humanas criaturas. A nova fase global pede por atitudes com transparência e honestidade de propósitos. Muito da nova fase global se deve a imprensa que vem tornando pública a sujeira escondida em baixo dos mais refinados tapetes. Não escapou nem mesmo a “santa igreja católica” que tem sido desmoralizada por escândalos sexuais, corrupção e lavagem de dinheiro. A igreja que já queimou pessoas vivas e enfrentou denúncia de pedofilia entre outros escândalos sexuais, agora enfrenta também um escândalo financeiro que inclui lavagem de dinheiro do banco do vaticano. Entendo que muitos, neste momento, estão argumentando que a nossa história é repleta de carnificina. No entanto, causa mais repugnância quando a carnificina vem daqueles que se espera integridade moral. Quando a punhalada vem pelas costas e justamente daqueles em quem se depositava toda confiança, a traição torna-se muito mais cruel e desoladora. A fé, nesses casos, é abalada e já não se sabe mais em quem confiar. A pergunta que sempre devemos ter em mente para não sermos mais enganados é – o que reside por trás da aparência? Segundo Oscar Wilde, por trás da face do bem reside a essência do mal, e, segunda a bíblia, atrás da aparência de cordeiros residem lobos. Em meio a tudo isso o Papa Bento XVI abandonou o barco. Talvez seja melhor assim, admitir a incapacidade para solucionar o problema não é um erro, erro é ocultar a sujeira. No princípio da criação Deus transformou o caos em cosmos, hoje, o homem transforma Deus
16/02/2013
O BATISMO DA DOR

“O homem com seu desregramento atrai desgraças que são atribuídas depois a Deus. Deus não castiga e também não premia. Se Deus castigasse, por sua vez, deixaria de ser Deus. O Sol é a melhor comparação com Deus: quando eu cuspo contra o Sol, meu cuspe cai
24/01/2013
A LENDA DO PARAISO PERDIDO
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