05/01/2011

UMA TRISTE REALIDADE

Um único final de semana mata mais gente que uma guerra mataria. A invasão do morro do Alemão, no Rio de Janeiro, não matou tanta gente quanto o trânsito matou no feriado de final de ano. O trânsito não dá oportunidade de fuga, ele mata, e mata esmigalhando pessoas, sejam elas adultas, velhos ou crianças. Uma guerra sangrenta onde raros são aqueles que saem ilesos. O grande problema ainda não é o excessivo número de carros, esse é o problema dos engarrafamentos, estamos aqui falando de irresponsabilidade. O problema está naqueles que possuem a síndrome de Zeus, e se julgarem “o todo poderoso”, pensam que podem tudo. Bebem, se drogam, aliás, o que tem de fumante de Maconha na praia, o cheiro da Maconha polui o ar marinho diariamente e o dia inteiro. Cá entre nós, será que os maconheiros não se tocam que tem pessoas que não querem conviver com o forte perfume exalado pela Maconha. Passei uns dias nas praias de Santa Catarina e voltei me considerando uma fumante passiva de Maconha (fumantes passivos são aquelas pessoas que não fumam, mas convivem com o fumante). A Maconha rola solta nas praias. Que responsabilidade tem essas pessoas que dirigem até o litoral para beber e se drogar? O Brasil produz o equivalente a uma cidade de mutilados do trânsito quase que diariamente. Para piorar a situação, aqueles que possuem a síndrome de Zeus, não obedecem às leis. Aristóteles dizia: ”ótimo é aquele que de si mesmo conhece todas as coisas; bom, o que escuta os conselhos dos homens judiciosos. Mas o que por si não pensa, nem acolhe a sabedoria alheia, esse é, em verdade, um homem inteiramente inútil”. A questão que se impõe é ─ como fazer inúteis cumprir alguma lei. Quando o condutor de um veículo passa no sinal vermelho, bebe ou se droga e dirige, abusa da velocidade etc, ele o faz por se julgar exceção a lei. Tal criatura não passa de um inútil que não aprende nada por si e nem ouve aos outros. Porque para quem quer aprender, os jornais divulgam quase que diariamente a triste estatística da cruel mortalidade no trânsito ─ Uma verdadeira carnificina ─ A irresponsabilidade de alguns custam vidas e mais vidas diariamente. Vidas que são ceifadas pelas mãos de “anjos da morte”. O lamentável da história é que a situação está para piorar, pois aumenta a cada ano o número de carros, de motos, de drogados, de irresponsáveis, e, sobretudo, de inúteis.

2 comentários:

Anônimo disse...

Outro dia fui "desafiado" a definir o comportamento da atual geração em "uma" palavra... Após pensar um pouco na profundidade do assunto, respondi: LETARGIA...

Embora vivamos num enorme corre-corre, temos sido letárgicos em pensar e, principalmente, temos sido letárgicos no sentido de agirmos em uma nova direção... Nosso volume de atividades consistem em reações segundo um modelo já "desenhado".

Fomos ensinados a pensar "in box". Vemos isso na mídia, na literatura, nas diversas expressões da arte, nos calendários esportivos e por aí vai...

Temos sido governados por dois tipos de pessoas: políticos com elevado índice de popularidade que repetem um discurso e que são incompetentes para entendê-lo e se prostituem com o poder; e um segundo grupo. O grupo composto pelas raposas velhas; raposas que se especializaram na tosquia do rebanho.

É isso que somos: rebanho. O resultado são discussões intermináveis e inúteis, provocadas com o intuito de desviar a atenção da sociedade do verdadeiro debate.

Para não ficar apenas na teoria, vamos a um exemplo prático: o debate acerca de questões ligadas à opção sexual... Se ao invés de marchas em defesa de A ou de B, marchássemos em prol da eliminação do desvio de verbas, da corrupção, do nepotismo, da ineficiência do serviço público e do enorme peso estatal, ao final, teríamos descoberto que o primeiro debate é desnecessário.

Edson

Anônimo disse...

A grande verdade é que a maioria não tá nem aí. Vivemos em um país que herdou uma cultura podre. Só pessam em si mesmos. Só pensam no dinheiro. Só pensam no próprio bel prazer. Não tão nem aí para o próximo. E quando dotados de dinheiro o egoísmo cresce se funde com a arrogância.
Triste realidade. País de lei poética.
Um país que adotou a democracia e a maioria entendeu como libertinagem.