A
eternidade é composta por infinitos finitos. Seres finitos gerando outros seres
finitos. E assim a geração da vida vai ao infinito. Eis a infinitude da vida
que se alimenta a si mesma. A geração da minha geração está para nascer em
breve. E eu,
em um parto humanizado, vou segurar a mão da minha filha até que a luminosa
criança venha ao mundo. Como matriarca passarei minha experiência, como anciã minha sabedoria. Porque assim é, a mulher gera o filho do homem, e o filho gera
experiências na mãe que se transforma mais tarde em sabedoria. E assim a
vida continua ao infinito. E quando eu não mais existir, saberei que neste
planeta eu deixei minhas sementes que cresceram e frutificaram, deixando por
sua vez suas próprias sementes. Terá, então, sido uma honra ter participado de
tudo isso. Minha finita presença contribuindo com aquilo que é infinito – a
vida.
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