20/04/2010

O RACISMO HOJE

Desde os primórdios da civilização o homem escraviza seu semelhante, revelando assim seu lado perverso e dominador. O desconhecimento do motivo pelo qual estamos neste planeta, levou o homem a usar sua força equivocadamente. Ao invés de se tornar um deus criador de bondade, tornou-se o lobo do próprio homem. Na antiguidade, as guerras terminavam com o perdedor sendo escravizado ou torturado até a morte. Em outra época, os negros tornaram-se o alvo da escravidão. Navios negreiros, vindos da África, atravessaram os oceanos carregando “mercadoria” humana. Mas a necessidade de autoafirmação do homem não para por aí, deficientes, mulheres e pobres, tiveram também uma página nessa história sangrenta da “civilização” humana. Na visão de mundo que temos do passado, está presente a representação da exclusão em sua forma mais violenta e sanguinária que o mundo já viu. Não podemos deixar de lembrar o horror do holocausto na segunda guerra mundial, e nem a maldade da klu klux klan pela supremacia da raça branca nos Estados Unidos. Com as mudanças das últimas décadas, houve uma tentativa de unir raças, povos e crenças. Mas a exclusão social ainda deixa sua marca, pois a miséria, em alguns países, está longe de ser resolvida. Por outro lado, a mulher contemporânea deu um salto para a liberdade, e os Estados unidos superaram o racismo ao eleger um presidente negro. A vitória de Barack Obama foi mais do que uma vitória política, foi a vitória contra o racismo. No Brasil, a dívida para com os negros está sendo paga com cotas em universidades. Uma tentativa polêmica para diminuir a desigualdade social. A polêmica se forma quando pensamos que a “cota” pode ser uma sutileza do próprio racismo. Para compor este artigo, fiz uma pesquisa de opinião com alguns negros. Mesmo entre eles não há unanimidade. Alguns dizem que são capazes de competir com igualdade com os brancos, sendo a “cota” tão somente um racismo disfarçado, pois a lei que instituiu as “cotas” é fruto de uma política desigual, por não tratar brancos e negros como aquilo que eles são: iguais. Outros afirmam que a discriminação do passado gerou desigualdade que pode ser compensada com “cotas” para estudantes em universidades. Seja como for, a polêmica deve ser resolvida através do diálogo aberto a toda sociedade. Mas, isso nos diz que não solucionamos ainda o problema do racismo no Brasil.


Nenhum comentário: