Quanta
crueldade, e logo em teu nome meu Deus! Por trás da face do bem reside a
essência do mal, dizia Oscar Wild. E culpar os homossexuais por tudo isso, além
de cruel é demonstração de ignorância e preconceito. Lobos disfarçados de
cordeiro é isso o que eles são. A bíblia nos avisa da existência deles. A essa
altura vocês já sabem do que eu estou falando: da pedofilia na igreja católica,
é claro. Casos de problemas com o celibato e denúncias de abuso sexual, nunca
foram tão evidentes quanto agora. A sociedade sempre soube de um caso aqui
outro ali, onde padres pulavam a cerca e tinham encontros furtivos com mulher,
mas com meninos e meninas, isso revolta o estômago até mesmo do mais crente.
Pedofilia de batina, é assim que está sendo chamado o caso. A quantidade de
denúncia de casos de pedofilia no mundo é tão grande, que a igreja
desmoralizada, perdeu o controle sobre a situação. Ao colocar panos quentes em
cima do problema para não denegrir a imagem da igreja, acabaram dando aos
padres pedófilos a tranquilidade da impunidade. A igreja que enfiou goela a
baixo sua fé em um Deus masculino, com a cruz em uma mão, a espada em outra, e
a fogueira por punição, já queimou mulheres e homens vivos, já torturou, já
tirou sangue de seres humanos, e agora mais essa. O alvo desta vez são nossas
crianças, considerados por eles anjos. Quanta falsidade, quanta sujeira
escondida, quanta maldade em nome de Deus. Mas o que choca, nesse caso, não é
somente a situação em si, é também o descaso da cúpula da igreja ao tratar do
problema como se ele não fosse grave. Se a igreja pensa que maltratar meninos e
meninas não é uma falta tão grave assim, a sociedade tem que demonstrar que o
ato é desumano demais para ser tratado com o descaso que tem sido tratado, não
confiando mais crianças e adolescentes a padres que usam do seu status para
taras sexuais. Alguém tem que por fim a toda essa sujeira. Está nas mãos da
sociedade demonstrar seu repúdio por essa situação, porque se depender da
igreja, isso ainda vai longe, e muito sangue inocente será derramado. A ideia,
por parte da igreja, não é a de colocar na cadeia os padres pedófilos, e sim
encaminhá-los para tratamento psicológico. Além de tudo, os pedófilos de batina
vão ganhar terapeuta de graça. Resta saber se a terapia será em um SPA,
servidos por inocentes anjos. Com licença, mas eu vou vomitar.
20/04/2010
O RACISMO HOJE
Desde
os primórdios da civilização o homem escraviza seu semelhante, revelando assim
seu lado perverso e dominador. O desconhecimento do motivo pelo qual estamos
neste planeta, levou o homem a usar sua força equivocadamente. Ao invés de se
tornar um deus criador de bondade, tornou-se o lobo do próprio homem. Na
antiguidade, as guerras terminavam com o perdedor sendo escravizado ou
torturado até a morte. Em outra época, os negros tornaram-se o alvo da
escravidão. Navios negreiros, vindos da África, atravessaram os oceanos
carregando “mercadoria” humana. Mas a necessidade de autoafirmação do homem não
para por aí, deficientes, mulheres e pobres, tiveram também uma página nessa
história sangrenta da “civilização” humana. Na visão de mundo que temos do
passado, está presente a representação da exclusão em sua forma mais violenta e
sanguinária que o mundo já viu. Não podemos deixar de lembrar o horror do
holocausto na segunda guerra mundial, e nem a maldade da klu klux klan pela
supremacia da raça branca nos Estados Unidos. Com as mudanças das últimas
décadas, houve uma tentativa de unir raças, povos e crenças. Mas a exclusão
social ainda deixa sua marca, pois a miséria, em alguns países, está longe de
ser resolvida. Por outro lado, a mulher contemporânea deu um salto para a
liberdade, e os Estados unidos superaram o racismo ao eleger um presidente
negro. A vitória de Barack Obama foi mais do que uma vitória política, foi a
vitória contra o racismo. No Brasil, a dívida para com os negros está sendo
paga com cotas em universidades. Uma tentativa polêmica para diminuir a
desigualdade social. A polêmica se forma quando pensamos que a “cota” pode ser
uma sutileza do próprio racismo. Para compor este artigo, fiz uma pesquisa de
opinião com alguns negros. Mesmo entre eles não há unanimidade. Alguns dizem
que são capazes de competir com igualdade com os brancos, sendo a “cota” tão
somente um racismo disfarçado, pois a lei que instituiu as “cotas” é fruto de
uma política desigual, por não tratar brancos e negros como aquilo que eles
são: iguais. Outros afirmam que a discriminação do passado gerou desigualdade
que pode ser compensada com “cotas” para estudantes em universidades. Seja como
for, a polêmica deve ser resolvida através do diálogo aberto a toda sociedade.
Mas, isso nos diz que não solucionamos ainda o problema do racismo no Brasil.
Assinar:
Postagens (Atom)